Médico é preso após manter paciente em cárcere privado dentro de clínica; cirurgia plástica teria dado errado.

Creditos da foto:Tv Globo

Um médico foi preso em flagrante em Duque de Caixias, no Rio de Janeiro, após manter uma paciente em cárcere privado dentro de uma clinica particular. Policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) foram até o local, nesta segunda-feira (18/7), para resgatar a vítima e deter Bolívar Guerrero Silva.

A família dela afirmou à polícia que a paciente está sendo mantida em cárcere privado há quase dois meses, desde que um procedimento estético na barriga deu errado. Segundo o G1, A paciente se submeteu a uma abdominoplastia no início de março. Em junho, ela voltou para se submeter a mais três intervenções.

Porém, o procedimento não teria sido feito da forma correta e a vítima sofreu com diversas complicações, a ponto de a barriga dela ter necrosado. A polícia investiga a denúncia de que o médico e sua equipe estariam impedindo que a mulher fosse transferida para outra unidade de saúde.

Na última sexta-feira (15/7), a polícia repassou um celular para a paciente. Quando os agentes ligaram para confirmar se o aparelho estava funcionando, a mulher atendeu desesperada, pedindo para ser retirada do hospital porque estava com medo de morrer.

A equipe que trabalha com o cirurgião plástico fez uma postagem em uma de suas redes sociais e negou que o médico estivesse mantendo a paciente em cárcere privado. Leia abaixo, na íntegra: 

“O dr. Bolivar foi prestar um depoimento na delegacia. Ele não estava mantendo paciente nenhuma em cárcere privado. Ela estava fazendo curativo e sendo assistida no hospital dele por ele. Porém ela queria ser liberada sem ter terminado o tratamento e ele, como médico, seria imprudente de liberá-la. Ele disse que poderia liberá-la se ela assinasse a alta à revelia (documento ao qual a paciente se responsabiliza por qualquer coisa que acontecer após sua liberação) e ela não quis assinar. Ele disse que liberaria somente se ela assinasse. Como ela não assinou ele não liberava. O intuito dele é prestar toda assistência a paciente até ela está recuperada”.

Ainda segundo o G1, os agentes da Deam foram recebidos pela advogada da unidade médica, que alegou que eles não poderiam falar com a vítima porque ela estava sedada. Mesmo assim, a polícia entrou e localizou a mulher, que chorava muito.

Os agentes fizeram fotos que comprovam o péssimo estado de saúde. Outros casos parecidos envolvendo o mesmo médico, que também administra a unidade, são investigados pela polícia. 

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