Anderson Torres diz que minuta para anular eleição estava em “pilha de descarte” e “fora de contexto”.

Justificativa do ex-ministro é de que, como ele não estava na casa no momento da busca e apreensão, a PF teria encontrado documentos que iriam pro lixo.

Após a Polícia Federal encontrar uma minuta (proposta) de decreto para Bolsonaro (PL) anular o resultado das eleições na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, o alvo da busca e apreensão resolveu falar. Pelas redes sociais, ele alegou que o documento estava em “pilha de descarte” e que o assunto foi retirado do contexto.

“Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP”, escreveu.

Conforme o ex-ministro da Justiça, a posição no governo fazia com que fosse levado a ele assuntos de “audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos”. A sua função seria separar o que poderia ser usado, partindo do “discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil”.

Torres, que ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no momento das invasões aos prédios dos três poderes, em Brasília, está em viagem e não acompanhou a operação de busca e apreensão da PF. “O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim”, alega.

Ele afirma que ainda contribuiu com a passagem de dados para o governo Lula (PT).”Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro.”, afirma.

Créditos da foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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