Metástase cerebral: neurocirurgião explica condição de Glória Maria.
A jornalista Glória Maria, uma das profissionais mais relevantes e queridas da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (2/1), no Rio de Janeiro, vítima de uma metástase no cérebro.
Glória Maria foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2019 e teve sucesso com o tratamento de imunoterapia. Porém, a jornalista sofreu metástase no cérebro e, mesmo após ter passado por uma cirurgia, os novos tratamentos para continuar o combate à doença deixaram de fazer efeito.
A jornalista descobriu o problema de saúde após desmaiar e bater a cabeça na cozinha de casa e realizar uma ressonância magnética.
Segundo o neurocirurgião Bruno Burjaili, qualquer tumor pode levar a uma metástase no cérebro: “A metástase cerebral é formada quando há algum tumor no organismo que despende fragmentos microscópicos que chegam ao cérebro por meio da corrente sanguínea. Elas são bastante comuns entre os tumores cerebrais e podem se derivar de tumores em qualquer parte do corpo”.
Ainda de acordo com o médico, esse tipo de câncer, geralmente, vem com sintomas bem definidos. “A metástase cerebral pode desencadear uma série de sintomas, como dores de cabeça, crises epilépticas, perda de força nos membros, déficit neurológico, perda de visão e até alterações no comportamento, embora, algumas vezes, possa ser assintomática. No caso de Glória Maria, a condição foi descoberta após um desmaio que pode ter sido causado por um aumento da pressão intracraniana”.
TRATAMENTOS
Segundo o médico, a evolução do quadro varia de acordo com diversos fatores, como o tumor primário do paciente, idade, gravidade do caso, por exemplo. Em alguns casos, a cirurgia é uma boa opção.
“Pode ser realizada uma cirurgia, na qual o neurocirurgião realiza a secção da metástase utilizando um microscópio. Também pode ser usada a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. O tratamento nesses casos é bastante individualizado”.