Vírus Ilhéus: mulher de 41 anos é internada com infecção rara em Salvador.

A paciente havia dado entrada no Hospital Municipal de Simões Filho, no dia 31 de janeiro, se queixando de febre, cefaleia, fadiga, dificuldade de se alimentar e dores generalizadas por quatro dias.

Uma mulher de 41 anos, identificada pelas iniciais C.S., está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Couto Maia, em Salvador, onde está tratando de um caso raro de arbovirose conhecida como Vírus Ilhéus.

A paciente havia dado entrada no Hospital Municipal de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, no dia 31 de janeiro, se queixando de febre, cefaleia, fadiga, dificuldade de se alimentar e dores generalizadas por quatro dias.

Segundo informações da Prefeitura local, ela foi atendida pela equipe da emergência do hospital, que adotou todas as condutas necessárias para a franca recuperação do seu quadro clínico e após condutas iniciais, foi adotado o protocolo instituído pela Vigilância e Proteção à Saúde, através da Vigilância Epidemiológica Municipal, com a coleta de sorologia para arboviroses, devido à diminuição das plaquetas sanguíneas.

De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Saúde, Iridan Brasileiro, a amostra sorológica foi encaminhada para o laboratório da Universidade Federal do Estado Bahia (UFBA) e, no dia 3 de fevereiro, a Vigilância Sanitária recebeu laudos negativos para Dengue, Zika e Chikungunya.

“Nesta terça-feira (7/2), Dr. Gúbio Soares [virologista da Ufba] refere que a paciente testou positivo para o vírus Ilhéus em PCR. Ela já foi transferida para o Hospital Couto Maia, e no momento segue estável, apresentando melhora do padrão respiratório, aumento das plaquetas e segue sob vigilância da equipe de saúde”, explicou Iridan Brasileiro.

SOBRE O VÍRUS ILHÉUS

O Vírus Ilhéus (VILH) é um arbovírus de ocorrência no Brasil descoberto após isolamento, sendo capturado pela primeira vez em 1947 em Ilhéus, cidade do sul da Bahia.

Ele possui um ciclo de transmissão enzoótico onde as aves são hospedeiros de amplificação e o ser humano hospedeiro acidental e terminal, haja vista que, não produz viremia suficiente para a transmissão do vírus.

De acordo com estudos, a transmissão acontece dos Aedes e Psorophora, aves silvestres a seres humanos, sendo mais distribuído no País, em particular, na Amazônia brasileira.

Foto: Carol Garcia/GOVBA

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