Processo contra Wallace por ameaça a Lula é arquivado; “não há elo com o ambiente esportivo”.

Jogador fez uma enquete no Instagram perguntando quem daria “um tiro na cara” do presidente.

A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do vôlei entendeu que o órgão não tem competência para julgar as denúncias da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e da Advocacia Geral da União (AGU) contra o oposto Wallace, do Sada/Cruzeiro. O atleta fez uma postagem onde compartilhava uma mensagem recebida por um seguidor, perguntando se “Daria um tiro na cara do Lula com essa 12 [arma]”, seguida de uma enquete com respostas “sim” e “não”.

Na decisão, o procurador Fábio Lira entendeu que não há relação entre a publicação e o vôlei. “No presente caso, não conseguimos fazer qualquer elo, por menor que seja, entre a lamentável conduta do atleta e o ambiente desportivo”, escreveu. Ele ainda ressaltou que Wallace “não poderia jamais ter dado azo a prática de uma conduta tão infeliz”.

O jogador apagou a postagem pouco depois, por conta da repercussão negativa. A defesa do jogador alegou que ele estava de folga do Sada/Cruzeiro quando fez o post. “Não vislumbrei nenhum símbolo ou vestimenta que possa vincular o noticiado ao esporte, sendo certo que a única coisa que o vincula ser ele atleta de alto rendimento da modalidade voleibol, fora isso não há mais nada”, justificou o procurador.

Ainda assim, Wallace, suspenso do esporte, por decisão liminar do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Segundo o UOL, o jogador será julgado nesta instância por ferir o código de ética do COB e do movimento olímpico. A sentença deve sair no próximo mês.

Foto:divulgação/CBV

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