Prefeitura baiana proíbe celular, tablet e fones de ouvido em escolas por 30 dias.

Estas ações, que entram em vigor imediatamente, ocorrem após os casos de ataques e ameaças a escolas que estão ocorrendo em todo o país.

A Prefeitura de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, anunciou nesta sexta-feira (14/4) um conjunto de oito medidas para ampliar a segurança nas escolas municipais, entre elas o reforço do Programa Ronda Escolar e do controle de acesso às unidades de ensino. Estas ações, que entram em vigor imediatamente, ocorrem após os casos de ataques e ameaças a escolas que estão ocorrendo em todo o país.

O pacote de iniciativas inclui a capacitação e orientação das equipes de profissionais das unidades escolares quanto aos protocolos para garantia da segurança e bem-estar dos estudantes e a realização de orientações aos pais e toda comunidade escolar para combate à desinformação, informações falsas e publicações de autoria desconhecida, além da checagem da veracidade das notícias.

A responsabilidade pelas capacitações será dos tutores militares, que já implantaram algumas dessas medidas na Escola de Gestão Compartilhada Dias Coelho. Na próxima segunda-feira (17), já acontecerá a formação, com o novo protocolo, com os porteiros e, qo longo do mês, o treinamento vai alcançar toda a comunidade escolar e os pais e responsáveis.

Entre as medidas, também está a ampliação da rede de videomonitoramento na rede municipal e o planejamento de estratégias de segurança em toda a comunidade escolar, além do fortalecimento da cultura da paz. Ainda está prevista a ampliação da parceria com as redes de proteção do Estado e Município, tais como Caps, Creas, Conselho Tutelar, Varas da Infância e Juventude, Polícia Militar e Polícia Civil, para solucionar conflitos no ambiente escolar.

A prefeita Juliana Araújo ressaltou que os pais e responsáveis já estão manifestando apoio às medidas nas redes sociais. “Os pais compreendem que o momento exige cuidado e prevenção. Resolvemos adotar uma série de medidas de segurança para proteger nossos alunos e profissionais da educação. Algumas destas medidas foram duras, mas estamos fazendo isso para salvar vidas, para garantir a integridade física e emocional de toda a comunidade escolar”, salientou.

Portaria – Outra medida anunciada pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Seduc), foi uma portaria com diretrizes temporárias para o ingresso nas escolas municipais. Foi estabelecido um limite de 30 dias para adequação da rede às regras.

A portaria ocorreu após orientações da Polícia Militar e foram acatadas pela gestão para evitar ações violentas. No ano passado, um caso ocorrido no município chamou a atenção quando um adolescente de 13 anos tentou atacar colegas e ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro.

A portaria proíbe, durante o prazo de 30 dias, a entrada e uso de aparelhos eletrônicos como celular, tablet, pulseiras e relógios inteligentes, assim como o protetor auricular e fones de ouvido por alunos das escolas do sistema municipal de ensino. Também proíbe, neste mesmo prazo, a entrada de estranhos à comunidade escolar sem prévia autorização do diretor, tais como visitas aleatórias, ambulantes, vendedores, entre outros.

A medida ainda veda a entrada com mochilas para os alunos dos anos finais do ensino fundamental e EJA. Proíbe, ainda, a entrada e uso de óculos escuros, artigos de chapelaria, como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares que cubram cabelos e orelhas.

Pais e responsáveis haviam solicitado que os profissionais da educação verificassem celulares e mochilas dos estudantes, de forma a ampliar a segurança.

Acho que a gente também precisa deixar mais claro que os professores e a equipe estavam encontrando dificuldades, e alguns pais/responsáveis insistindo em que esses profissionais verificassem celulares e mochilas, isso é uma questão delicada e por isso precisamos orientar melhor.

“Estas foram orientações da Polícia Militar que nós decidimos seguir, até porque no ano passado nós tivemos esse caso de violência que assustou a todos. São medidas duras, mas necessárias neste momento. Prefiro adotar medidas mais severas do que perder vidas”, disse a prefeita.

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