Deputado cobra posição enérgica do governo do estado contra invasões do MST em propriedades privadas.
Manoel Rocha afirmou que, enquanto o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) se manifestou contra invasões, no governo estadual não houve posicionamento por parte de nenhuma autoridade política.
O deputado estadual Manuel Rocha (União Brasil) defendeu uma postura mais incisiva do governo do estado contra as invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em propriedades privadas. Em entrevista, Rocha afirmou que, enquanto o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) se manifestou contra invasões, no governo estadual não houve posicionamento por parte de nenhuma autoridade política.
Segundo o deputado, a falta de posicionamento do governo estadual cria desconfiança e pode levar a uma “situação de terra sem lei”. Ele afirmou que o setor do agronegócio representa 25% do PIB baiano e que os proprietários de terra estão reivindicando um direito fundamental previsto na Constituição: a propriedade privada. “Aqui no governo do estado a gente não viu ninguém, nenhuma autoridade da área política, se manifestar contra essas invasões. Então isso cria essa desconfiança”, disse, para uma rádio.
Rocha destacou ainda que, no governo do estado, existe um comitê que analisa as medidas de reintegração de posse determinadas pela Justiça antes que sejam cumpridas. Ele afirmou que, nesses casos, não há o que avaliar ou analisar, pois decisão judicial deve ser cumprida. “Precisamos cobrar do governo do estado, do governador (Jerônimo Rodrigues), que é autoridade máxima, da Secretaria da Segurança Pública, um posicionamento incisivo contra essas invasões de terra no nosso estado”, frisou.
Movimento – Centenas de produtores participaram nesta terça-feira (25) de uma mobilização na Assembleia Legislativa da Bahia contra as invasões do MST e também a favor da reforma agrária. “Existe aí uma falsa ideia de que os produtores rurais , que o pessoal do agronegócio, são contra a reforma agrária. Não existe isso. O que a gente é contra é que a reforma agrária se faça pelas próprias mãos dos movimentos sociais, que acabam invadindo propriedades privadas”, salientou.
Para ele, os produtores esperam ações efetivas do poder público. “A CPI do MST por exemplo, é um pedido deles para que a gente possa investigar e ver o que está por trás dessas invasões. Porque existe um financiamento. Ninguém chega lá sem dinheiro para poder invadir a terra. Existe a articulação política dos movimentos sociais para poder invadir as propriedades. Então, a gente precisa descobrir o que está por trás disso tudo”, ressaltou.
Foto: Juliana Andrade/AgênciaALBA