‘Uma só pele’: amistoso entre Brasil e Espanha faz parte de campanha que combate o racismo.

A partida será a segunda do Brasil sob o comando de Dorival Júnior. O jogo será disputado a partir das 17h30 (horário de Brasília).

A Seleção Brasileira vai enfrentar a Espanha, nesta terça-feira (26/3), no mítico Santiago Bernabéu. O amistoso faz parte da campanha de impacto global de combate ao racismo promovida pela CBF e pela Real Federação Espanhola de Futebol. O jogo será disputado a partir das 17h30 (horário de Brasília).

A partida será a segunda do Brasil sob o comando de Dorival Júnior. No sábado (23/3), a Seleção venceu a Inglaterra, por 1 a 0, em Wembley, com um gol de Endrick. O jogador do Palmeiras de 17 anos entrou para a história ao ser o mais jovem atleta a fazer um gol do centenário estádio inglês.

Uma Só Pele, Uma Só Identidade

Além de ser um clássico do futebol mundial, o amistoso faz parte da campanha de combate ao racismo promovida pela CBF e pela Federação Espanhola de Futebol. Vítima de uma série de ataques racistas nos últimos anos, o atacante Vinicius Júnior receberá o apoio das duas torcidas.

Na segunda-feira (25/3), o atacante do Real Madrid fez um desabafo na entrevista coletiva realizada no CT do clube espanhol. Ele chorou, declarou que “cada vez tem menos vontade de jogar” e explicou sua luta contra o racismo.

“Sou contra os racistas do mundo, de toda a parte. Quero igualdade para todos nós”, disse o jogador de 23 anos.

Com o slogan “uma só pele; uma só identidade”, o conceito desenvolvido pela CBF conta com uma identidade visual com destaque para o preto. Já na chegada da delegação brasileira em Madri na noite de domingo, os jogadores percorreram o trajeto do aeroporto até o hotel num ônibus preto com o mote da campanha. O Brasil costuma usar nas viagens ônibus com as cores verde e amarela.
Na hora do hino, jogadores utilizarão jaqueta preta com dizeres em português, inglês e espanhol e patch especial da partida ‘’uma só pele”.

“Essa partida é uma mensagem forte para todo mundo que não há mais lugar para racistas no futebol. A CBF segue lutando contra todo tipo de preconceito”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o primeiro negro e nordestino a comandar a entidade em mais de 100 anos de história.

A CBF é a única entidade nacional a implementar a punição desportiva por atos racistas no Regulamento Geral de Competições (RGC). Ao tomar posse no Conselho da Fifa no ano passado, Ednaldo Rodrigues anunciou que faria do combate ao racismo uma de suas missões no principal órgão executivo do futebol mundial. Neste mês, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou que lançará um manifesto global de combate ao racismo no futebol envolvendo os 211 países filiados. O anúncio das ações será feito no Congresso da Fifa, marcado para o dia 17 de maio, na Tailândia.

Foto: Divulgação/ RFEF

*Confederação Brasileira de Futebol

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