Investigados da Abin ‘paralela’ cogitaram atirar na cabeça de Moraes.
Caso foi revelado nesta quinta-feira, 11, após a retirada de sigilo do documento determinado pelo STF.
Integrantes da chamada ‘Abin paralela’,instalada durante o governo Bolsonaro (PL),chegaram a discutir tiro na cabeça do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e outras ações violentas contra o magistrado. A informação consta no relatório da Polícia Federal (PF), divulgado nesta quinta-feira, 11.
Em conversa, através do WhatsApp, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues, um deles diz que “esse careca [Alexandre de Moraes] tá merecendo algo a mais”.
Outro responde: “Só [fuzil] 7.62”. O interlocutor acrescenta: “head shot” [tiro na cabeça].
Em um novo diálogo, em agosto de 2021, os integrantes endossaram a ação, em meio à possibilidade de Moraes ser destituído do cargo de ministro. Na ocasião, um deles escreveu: “Com esse careca filho da puta só tiro mesmo. Impeachment dele não sai”.
Segundo a PF, “os investigados Giancarlo e Bormevet, por oportuno, foram intimados para prestarem esclarecimentos sobre os fatos colacionados”.
“O primeiro encaminhou atestado de saúde para justificar o não comparecimento, o segundo se reservou ao direito sagrado ao silêncio sob a justificativa de não ter tido acesso às diligências de análise em andamento”.
Os agentes federais deflagraram a quarta fase da operação, nomeada de Última Milha, e prendeu agentes que trabalhavam diretamente para Alexandre Ramagem,atual deputado federal.
Salvador entrou na mira da PF nesta nova etapa da operação que cumpre mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão. Além da capital baiana, Juiz de Fora, São Paulo, Curitiba e Brasília também foram alvo dos agentes federais.
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