Fonoaudióloga denuncia ex-companheiro por violência doméstica e abuso da própria filha.
A mulher relatou que durante 12 anos foi vítima de seu marido, por conta de um relacionamento abusivo em que sofria agressõe físicas, verbais, patrimoniais e psicológicas.
Uma fonoaudióloga, moradora de Salvador, identificada como Tamires de Sousa Reis, utilizou o seu perfil do instagram, neste domingo (21/7), para fazer uma grave denúncia contra o ex-companheiro, Paulo Roberto Santos de Souza Filho, envolvendo situação de violência doméstica e estupro de vulnerável.
Além de denunciar, a sua postagem tem o objetivo de pedir ajuda e o compartilhamento de um vídeo, no qual ela apresenta o seu relato e afirma que, juntamente com sua filha, uma criança de 3 anos, estão sob situação de riscos.
A mulher relatou que durante 12 anos foi vítima de seu marido, por conta de um relacionamento abusivo em que sofria agressõe físicas, verbais, patrimoniais e psicológicas. Relatou, ainda, que o fluxo de violência se estendeu para a filha do casal, logo após a separação, quando a menina tinha um ano e seis meses.
Tamires conta que ficava preocupada com as idas da criança, três vezes por semana, à casa de Paulo, já que ele era um homem agressivo. Em seu relato, ela acrescenta que a menina não gostava de ir visitar o pai e, depois de um tempo, passou a demonstrar sinais de pânico, queando retornava.
“Era muito pavoroso! Ele só dizia que ela surtou e que ele perdeu a paciência com ela, mas nunca dizia o que, de fato, tinha acontecido”, disse.
Uma situação pior, de acordo com a fonoaudióloga, aconteceu em julho de 2022, quando a sua filha retornou da casa do pai, bastante assustada e apresentando vermelhidão nas partes íntimas.
“Entrei em desespero! A partir desse momento, a gente não conseguia mais fazer higienização nela. Ela não deixava, por causa do trauma de algo que aconteceu, enquanto ela estava na casa do pai”, comentou.
Os relatos de Tamires incluem diversas situações, inclusive, ainda da época em que o casal convivia junto, dando indícios de que a filha deles sofria abuso sexual, praticado pelo pai.
Em contato com a imprensa, a fonoaudióloga reforçou a denúncia e enviou documento que comprova a efetivação do registro de ocorrência, junto à Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e ao Adolescente (Dercca).
Apesar da denúncia, junto à autoridade policial, Tamires lamenta o desfecho da situação, porque, segundo ela, o Ministério Público da Bahia resolveu pelo arquivamento dos autos, alegando não existir justa causa para o início de uma ação penal.
Foto: redes sociais / Instagram