Bahia registra 785 queimadas em agosto, com maior preocupação no oeste do estado.
O levantamento é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora a situação em todo o Brasil.
Entre os dias 1º e 26 de agosto, a Bahia registrou 785 focos de queimadas. Esses números foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora as queimadas em todo o Brasil. Segundo o Inpe, a região oeste da Bahia é a mais preocupante, com 506 desses focos de queimadas.
Desde janeiro deste ano, a Bahia já teve 3.265 queimadas. Com isso, o estado fica em segundo lugar no Nordeste, atrás apenas do Maranhão, que registrou 6.658 queimadas. Em todo o Brasil, a Bahia ocupa a 11ª posição em número de queimadas, sendo que os estados com mais ocorrências são Mato Grosso (21.694), Pará (14.794) e Amazonas (12.696).
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de baixa umidade para cidades do oeste baiano nesta terça-feira (27), e outras regiões da Bahia, como o centro norte e centro sul, também receberam o aviso.
Queimadas começam mais cedo na Bahia
As queimadas florestais na Bahia podem ser favorecidas pela falta de chuva, ventos fortes e altas temperaturas. Normalmente, isso acontece entre julho e outubro, mas em 2024 as queimadas começaram mais cedo.
Somente em junho, os bombeiros registraram 40 incêndios na cidade de Luís Eduardo Magalhães. Nesse mês, o Inpe detectou 305 focos de incêndio em toda a Bahia, um número 10% maior do que a média histórica para junho.
Naquela época, o comandante da 2ª Companhia de Bombeiros da cidade, aspirante Denison Amaro, explicou que o aumento das queimadas se deve principalmente ao calor, que seca a vegetação e faz com que mais material orgânico caia no solo, facilitando o início de incêndios.