Arthur Lira anuncia apoio a Hugo Motta para sucessão na presidência da Câmara dos Deputados.
Até a penúltima semana de agosto, o favorito para receber o apoio de Lira era o deputado Elmar Nascimento (União).
Durante uma reunião de líderes realizada nesta quarta-feira (11), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que apoiará a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para sua sucessão na presidência da Casa. A informação foi confirmada pelo líder do PT na Câmara, Odair Cunha (PT-MG), e divulgada pelo Metrópoles.
Cunha declarou: “O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou hoje, em almoço com líderes partidários, que apoia o nome de Hugo Motta (Republicanos-PB) para sua sucessão, como um nome qualificado para a construção da unidade na Casa”.
Até a penúltima semana de agosto, o favorito para receber o apoio de Lira era o deputado Elmar Nascimento (União). No entanto, após articulações, principalmente do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP), o deputado baiano foi preterido. Pereira retirou sua candidatura na semana passada e apoiou a candidatura de Motta.
Com a desistência de Lira, Elmar Nascimento e o outro candidato à presidência, Antônio Britto (PSD), começaram conversas para uma possível aliança. Britto chegou a publicar uma foto com Elmar na noite de segunda-feira (9), sinalizando a união entre os dois contra Motta.
Segundo o Bahia Notícias, a ideia é manter as candidaturas dos baianos, mas buscar uma convergência para escolher um único candidato mais adiante. Existe a possibilidade de Elmar apoiar Britto, pois o líder do PSD tem menor resistência por parte do Planalto.
O acordo entre os baianos deve seguir um modelo semelhante à relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), que eram rivais políticos. A “união dos baianos” vai intensificar o diálogo com as bancadas para resolver divergências. Embora ainda não tenham confirmado quem será o candidato final ou se usarão a estratégia de dois nomes, lideranças próximas indicam que qualquer decisão deve ocorrer após um “pacto” maior para garantir o sucesso da estratégia.