Prefeitura de Salvador anuncia corte de ponto para professores em greve após decisão judicial.
Categoria mantém paralisação, mesmo com liminar que considera o movimento ilegal e autoriza descontos salariais.
A Prefeitura de Salvador informou que irá descontar os dias não trabalhados dos professores da rede municipal que permanecerem em greve, conforme autorização prevista em decisão judicial do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
A liminar, concedida pelo juiz substituto de 2º grau Adriano Augusto Gomes Borges, determinou o retorno imediato às atividades, sob pena de multa diária de R$ 15 mil à APLB-Sindicato.
Apesar da medida, os professores decidiram manter a paralisação, afirmando que a proposta de reajuste salarial apresentada pela prefeitura é insuficiente. A administração municipal, por sua vez, afirma que efetuará os cortes nos salários caso os profissionais insistam em descumprir a ordem judicial.
Na decisão, o magistrado argumenta que o direito de greve dos servidores públicos não é absoluto, e deve ser conciliado com o direito dos estudantes à educação. O juiz também destacou que a paralisação foi iniciada sem cumprimento de requisitos legais, como aviso prévio mínimo de 72 horas e manutenção de atividades essenciais nas escolas.
Os educadores reivindicam o cumprimento da Lei do Piso Nacional do Magistério, além de melhorias nas condições de trabalho, climatização das salas de aula, fornecimento de materiais pedagógicos e valorização profissional.
Segundo a APLB, a mobilização tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para os desafios enfrentados pela educação pública em Salvador.
Foto: Lucas Moura/Secom PMS