Justiça concede liberdade a MC Poze do Rodo e critica postura da PC.

Desembargador apontou excessos e ausência de provas que justificassem manter o Mc Poze do Rodo detido.

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, nesta segunda-feira (2), habeas corpus ao cantor Marlon Brandon Coelho Couto da Silva, conhecido como MC Poze do Rodo. A decisão é do desembargador Peterson Barroso Simão, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, que apontou possíveis irregularidades na conduta da Polícia Civil durante a prisão do funkeiro.

“Existem indícios que comprometem o procedimento regular da polícia. Pelo pouco que se sabe, o paciente teria sido algemado e tratado de forma desproporcional, com ampla exposição midiática, fato a ser apurado posteriormente”, escreveu o magistrado.

MC Poze foi preso na última quinta-feira (29), em sua residência, no bairro Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, durante uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Segundo relatos, ele foi levado para a delegacia algemado com as mãos para trás, sem camisa e descalço. A prisão temporária havia sido determinada por um período de 30 dias.

Na decisão, o desembargador avaliou que a prisão não era necessária neste momento. “O material arrecadado na busca e apreensão [na casa do funkeiro] parece ser suficiente para o prosseguimento das investigações, sem a necessidade da manutenção da prisão já que não há comprovação, por ora, de que ele estivesse com armamento, drogas ou algo ilícito em seu poder”, afirmou.

O magistrado também destacou que o cantor já foi investigado anteriormente e absolvido em duas instâncias da Justiça fluminense. 

Como parte das medidas cautelares impostas, MC Poze do Rodo deverá cumprir as seguintes condições:

  • Comparecimento mensal em juízo, até o dia 10 de cada mês, para informar e justificar suas atividades;
  • Proibição de se ausentar da Comarca enquanto durar a análise do mérito do habeas corpus;
  • Manter-se à disposição da Justiça, informando um telefone para contato imediato;
  • Não manter contato com pessoas investigadas no inquérito, testemunhas ou indivíduos ligados à facção criminosa Comando Vermelho.

*Com informações da Agência Brasil

Foto: redes sociais | @pozevidalouca

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *