Brasil lidera ranking de infidelidade na América Latina, aponta pesquisa.
Estudo mostra que 8 em cada 10 brasileiros já traíram e revela motivações e percepções sobre o comportamento.
O Brasil é o país mais infiel da América Latina, segundo a plataforma Gleeden, especializada em relacionamentos extraconjugais. Dados da pesquisa Radiografia da Infidelidade e Infiéis no Brasil, realizada em 2022, apontam que 80% dos brasileiros já traíram em relações monogâmicas, colocando o país à frente de nações como Colômbia, México, Argentina e Chile.
O estudo mostra que a percepção sobre a infidelidade ainda é fortemente marcada por estereótipos de gênero: 52% dos entrevistados acreditam que trair é um comportamento mais associado aos homens, enquanto 48% consideram que ambos os sexos traem igualmente. Apenas 2% atribuem a infidelidade principalmente às mulheres.
Apesar disso, os dados revelam uma diferença cada vez menor entre os gêneros. Entre os homens, 91% admitiram já ter traído, enquanto entre as mulheres o índice também é expressivo: 88%.
As razões que levam à traição variam. Mulheres apontam, principalmente, o desejo de se sentirem desejadas novamente (32%) e a falta de atenção do parceiro (28%). Já os homens relatam carência emocional, insatisfação sexual, curiosidade por novas experiências e influência de amigos como principais fatores.
A pesquisa também aborda o conceito de traição além do ato físico. Para 95% dos participantes, receber imagens íntimas diretamente de alguém é considerado infidelidade. No entanto, apenas 19% enxergam da mesma forma quando esse conteúdo é acessado por meio de fontes públicas.
Além disso, atitudes como envolvimento emocional com outra pessoa ou permanecer em um relacionamento enquanto se busca um novo parceiro também foram citadas como formas de trair.
Por influência de aspectos culturais, como o machismo, o estudo conclui que as mulheres tendem a perdoar mais episódios de infidelidade do que os homens.
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