Irã nega acordo para retomar negociações com os EUA e critica ataques a instalações nucleares.

Governo do Irã desmente Trump e diz que ataques a Fordow, Isfahan e Natanz impedem avanço nas conversas diplomáticas.

O governo do Irã negou, nesta quinta-feira (26), qualquer acerto para retomar negociações com os Estados Unidos, contradizendo declarações recentes do presidente norte-americano Donald Trump, que havia mencionado a possibilidade de uma reunião com autoridades iranianas na próxima semana.

Em entrevista à emissora estatal IRINN, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que não houve promessas, acordos ou discussões formais sobre a retomada de qualquer diálogo com Washington. Segundo ele, os recentes ataques dos Estados Unidos e de Israel a instalações nucleares iranianas inviabilizaram qualquer avanço diplomático.

“NENHUM ACORDO FOI FEITO PARA RETOMAR AS NEGOCIAÇÕES. NENHUMA PROMESSA FOI FEITA, NEM HOUVE QUALQUER DISCUSSÃO SOBRE ESTE ASSUNTO”, DECLAROU ARAQCHI.

O chanceler denunciou os bombardeios nas cidades de Fordow, Isfahan e Natanz, áreas estratégicas do programa nuclear iraniano, e disse que os ataques causaram danos significativos a estruturas civis.

Relações abaladas

Araqchi também criticou duramente o histórico dos EUA nas tratativas anteriores, especialmente durante a administração Trump, que retirou os americanos unilateralmente do acordo nuclear de 2015 (JCPOA).

“TIVEMOS UMA EXPERIÊNCIA DESAGRADÁVEL COM OS AMERICANOS — ELES TRAÍRAM AS NEGOCIAÇÕES NO MEIO DO PROCESSO. ESSA EXPERIÊNCIA CERTAMENTE AFETARÁ NOSSAS DECISÕES FUTURAS”, AFIRMOU O CHANCELER.

O ministro destacou ainda que qualquer eventual retomada de diálogo será avaliada com base no interesse do povo iraniano, e não sob pressão internacional.

As declarações surgem em meio a uma nova escalada de tensões no Oriente Médio, agravadas pelos recentes confrontos militares e pelo impasse em torno do programa nuclear iraniano, que continua sendo um dos principais pontos de atrito entre Teerã, Washington e Tel Aviv.

Foto: Reprodução/Redes Sociais/X

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