São Paulo e Rio Grande do Sul anunciam reajuste no salário mínimo a partir de julho.

Com aumento acima da inflação, o novo piso paulista será de R$ 1.804. Já o Rio Grande do Sul aprovou reajuste de 8%, com faixas que chegam a R$ 2.267,21 para técnicos de nível médio.

A partir de 1º de julho, o estado de São Paulo passará a adotar um novo salário mínimo regional, que subirá de R$ 1.640 para R$ 1.804, um aumento de 10% — valor que supera a inflação acumulada de 4,5% nos últimos 12 meses e garante um ganho real de 5% para os trabalhadores.

O novo piso estadual será aplicado a trabalhadores que não têm um piso definido por lei federal ou convenção coletiva, segundo o Portal Contábeis. A medida também acompanha um reajuste no salário do funcionalismo público paulista. Servidores ativos, aposentados e pensionistas receberão um reajuste linear de 5%, beneficiando cerca de 925 mil profissionais.

Rio Grande do Sul também reajusta salários

O Rio Grande do Sul é outro estado que também anunciou reajuste no salário mínimo regional. A Assembleia Legislativa gaúcha aprovou um aumento de 8%, dividido em cinco faixas salariais, conforme a categoria profissional:

  • Faixa 1 – R$ 1.789,04
    Empregados domésticos, trabalhadores da agricultura, pecuária, construção civil e motoboys.
  • Faixa 2 – R$ 1.830,23
    Trabalhadores das indústrias do vestuário, calçados, setor hoteleiro, saúde e telemarketing.
  • Faixa 3 – R$ 1.871,75
    Indústrias químicas, de alimentos, comércio varejista e atacadista e movimentação de mercadorias.
  • Faixa 4 – R$ 1.945,67
    Trabalhadores da indústria metalúrgica, gráfica, vigilância, condomínios e setor educacional.
  • Faixa 5 – R$ 2.267,21
    Técnicos de nível médio em diferentes setores.

O que é o salário mínimo regional?

O salário mínimo nacional é o piso obrigatório para todo trabalhador contratado pelo regime CLT (carteira assinada) com jornada de até 44 horas semanais. Porém, estados podem fixar valores superiores, desde que não sejam inferiores ao piso nacional.

Esses mínimos regionais são aplicados a categorias profissionais que não possuem convenções ou acordos coletivos específicos, funcionando como uma garantia de remuneração justa diante da realidade econômica local.

Foto : Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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