Cartório Integrado Cível de Salvador é alvo de cobrança após acumular quase 8 mil processos paralisados.

Mesmo após advertências, o número de ações paralisadas aumentou em mais de 50% no último ano, evidenciando a gravidade da situação.

O 1º Cartório Integrado Cível de Salvador voltou a ser alvo de críticas após registrar 7.952 processos paralisados por mais de 100 dias, segundo dados do sistema Exaudi consultados em julho de 2025. A situação motivou uma cobrança direta da Corregedoria Geral de Justiça da Bahia, que estabeleceu um prazo de dez dias para que a unidade apresente um plano concreto de regularização da pendência.

O acúmulo de processos já havia sido identificado em 2024 durante inspeções realizadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), quando 5.078 processos inativos foram encontrados. Mesmo após advertências, o número de ações paralisadas aumentou em mais de 50% no último ano, evidenciando a gravidade da situação.

A Corregedoria, que exige a apresentação de um plano de ação detalhado, destacou que ele deve conter medidas claras com prazos definidos, nomes dos responsáveis e critérios de acompanhamento. A juíza auxiliar Júnia Araújo Ribeiro Dias, responsável pela fiscalização, determinou que a prioridade seja a redução do número de processos sem andamento. O não cumprimento das exigências poderá resultar em responsabilização administrativa dos gestores da unidade.

Entre janeiro e julho de 2025, o cartório recebeu 7.766 novos processos, mas conseguiu concluir apenas 6.529, gerando um aumento de 1.237 processos no acervo. Além disso, foram identificadas falhas no cadastramento de 760 processos, o que prejudica ainda mais o controle e o fluxo de tramitação das ações.

Essa medida tem como objetivo pressionar a unidade a adotar providências imediatas para combater a morosidade, que tem gerado insatisfação entre advogados e partes que dependem dos serviços do Judiciário na Bahia.

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