DNA de preso por mortes de mulheres em Ilhéus não é encontrado nos corpos das vítimas.

Um novo exame, realizado após a prisão de Thierry em 25 de agosto, confirmou os mesmos resultados para ele e outros três suspeitos submetidos à análise.

O assassinato de três mulheres na Praia dos Milionários, em Ilhéus, completa nesta segunda-feira (15) um mês sem respostas definitivas, mesmo após a prisão de um autor confesso, Thierry Lima da Silva, de 23 anos. A principal incongruência no caso é que o DNA de Thierry não foi encontrado nos corpos das vítimas nem nas três facas apontadas como prováveis armas do crime.

As amostras de DNA são analisadas na sede do Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador. O primeiro exame descartou que as vítimas tenham sido estupradas e não identificou material genético de quatro pessoas — três homens e uma mulher — tanto nos corpos quanto no local do crime. Um novo exame, realizado após a prisão de Thierry em 25 de agosto, confirmou os mesmos resultados para ele e outros três suspeitos submetidos à análise.

Um perito do DPT ressaltou a estranheza da situação: em crimes com arma branca, geralmente há mistura de sangue do autor ou cortes característicos no uso da faca. Além disso, questionou-se que, se Thierry fosse o responsável e tivesse confessado, ainda não teria indicado onde estariam as armas. As digitais dos suspeitos também não foram encontradas nas facas analisadas pela Polícia Civil.

Novas amostras foram encaminhadas ao DPT em 12 de setembro, e a investigação segue em andamento, com autoridades tentando esclarecer as circunstâncias do crime que chocou a cidade turística de Ilhéus.

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