O que se sabe sobre o retorno do horário de verão no Brasil em 2025?
Suspenso, desde 2019, a adoção do horário de verão volta a ser discutida em 2025.
O debate sobre o retorno do horário de verão ganhou força no Brasil, com autoridades, setor elétrico, comércio e sociedade civil avaliando seus impactos energéticos, econômicos e sociais.
Suspensa desde 2019, a proposta de reinstaurar o adiantamento dos relógios em parte do país já começa a ganhar corpo, embora nenhum decreto ou decisão final tenha sido formalizado.
Em 2024, o Ministério de Minas e Energia (MME) intensificou a discussão no mês de setembro, defendendo a economia de energia e redução de impactos da seca extrema, já que o sistema elétrico depende das chuvas.
Além disso, no ano passado, apesar de um estudo apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendando a retomada do horário do verão, a medida seguiu suspensa.
Governo estuda adoção do Horário de Verão em 2025
Neste ano, o ONS tem alertado para um possível déficit de potência entre 2025 e 2029. Segundo suas projeções, a demanda por energia elétrica deverá crescer, o que pode aumentar a necessidade de acionar usinas termelétricas no horário de pico.
O MME confirmou que estuda o retorno da medida para 2025, avaliando estudos prospectivos ligados ao atendimento do pico de demanda, considerando a contribuição cada vez maior de geração solar e fotovoltaica.
Potencial energético da Bahia
Discussões sobre questões energéticas, inclusive, têm ganhado destaque, em torno da preocupação de uma possível crise do setor. O governador Jerônimo Rodrigues (PT), na última quarta-feira (17), ressaltou o potencial da Bahia em energia renovável durante sua participação na COP Nordeste.
O evento, promovido pelo Consórcio Nordeste, discutiu os desafios da transição energética e a necessidade de uma pauta comum para os estados nordestinos na agenda ambiental.
Atualmente, a Bahia ocupa a liderança na geração de energia limpa no Brasil, impulsionada por investimentos no setor de energias renováveis. O estado abriga 441 usinas em operação, sendo 63 eólicas e 11 solares, com previsão de que até 2025 sejam construídas mais 74 usinas.
Enquanto isso, o tema deve continuar em evidência no debate público, com pressão de setores econômicos, visibilidade na mídia e sondagens de opinião.
A população, cujo apoio político pode influenciar, também poderá será ouvida, direta ou indiretamente, por meio de pesquisas e manifestações.
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