Vídeo de bebê mamando na teta da vaca viraliza; o que diz a OMS?
Em vídeo que viralizou, pai leva bebê de colo para mamar diretamente na teta de uma vaca; veja o que diz a OMS sobre amamentação.
Um vídeo gravado na Índia gerou polêmica após circular nas redes sociais. Isso porque, nas imagens, um homem aparece segurando a filha bebê para que a criança se alimentasse diretamente da teta de uma vaca, animal conisderado sagrado no país.
A cena rapidamente viralizou e levantou questões sobre infância e saúde. Cabe ressaltar que, em 2023, a OMS (Organização Mundial da Saúde) publicou uma diretriz que liberou o uso fórmula infantil ou leite de origem animal “para bebês de 6 a 11 meses que recebem leites diferentes do leite materno”.
A recomendação da OMS consta no “Guia para alimentação complementar de bebês e crianças de 6 a 23 meses de idade”. A publicação diz ainda que os tipos de leites de origem animal que podem ser utilizados incluem leite animal pasteurizado, leite reconstituído evaporado (mas não condensado), leite fermentado ou iogurte natural.
Não há indicação para que a criança mame diretamente da teta de um animal. Antes dos seis meses, segundo a OMS e o Ministério da Saúde (Brasil), é contraindicado qualquer outro alimento.
Em tempo: Ministério da Saúde investe R$ 1,8 milhão em bancos de leite na Bahia
Em agosto deste ano, o Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$1,8 milhão para fortalecer os bancos de leite humano na Bahia. Cada uma das 10 unidades existentes no estado receberá R$ 180 mil. A medida faz parte de um aporte nacional de R$ 40,6 milhões, destinado à qualificação e ampliação dos serviços prestados por 226 unidades da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) em todo o país.
Na ocasião, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da iniciativa, lembrando que a ação marcava o início do Agosto Dourado, campanha de conscientização sobre o aleitamento materno.
“Iniciamos o Agosto Dourado com a liberação destes recursos para fortalecer os Bancos de Leite Humano, mantendo o Brasil como referência mundial. Amamentar é um gesto que vai além da nutrição: é cuidado, vínculo e saúde, com benefícios para o bebê e para a mãe”, afirmou.
De acordo com a pasta, os recursos permitirão a aquisição de materiais e a execução de serviços essenciais, como coleta, processamento, armazenamento, controle de qualidade e distribuição do leite humano. Também estão previstas ações de comunicação, mobilização social e atendimento direto às famílias.
Cenário recente da doação na Bahia
No último ano, os bancos de leite baianos enfrentam oscilações nos estoques. Na Maternidade Professor José Maria de Magalhães Netto, em Salvador, houve crescimento de 25,8% nas doações em 2024, mas os estoques caíram no início de 2025 devido à alta demanda e à redução das coletas domiciliares em períodos festivos. Já no Hospital da Mulher, em Feira de Santana, a situação é mais crítica: o estoque atual é de cerca de 220 litros, enquanto o ideal seria aproximadamente 600 litros para dois meses de atendimento.
Apesar dos desafios, há avanços. O Hospital Estadual da Criança (HEC), também em Feira de Santana, recebeu a certificação da Fiocruz pelo cumprimento de padrões rigorosos de infraestrutura e controle de qualidade, mantendo coleta domiciliar e funcionamento diário, inclusive em feriados.
Atualmente, a Bahia conta com nove bancos de leite e um posto de coleta, distribuídos entre Salvador, Feira de Santana, Itabuna e Vitória da Conquista, responsáveis por atender bebês prematuros e recém-nascidos de risco em todo o estado.
