STF abre inquérito contra Carla Zambelli por coação e obstrução de investigação.
Moraes também determinou a prisão de Carla Zambelli, o bloqueio de suas redes sociais e a inclusão do nome na lista da Interpol.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a abertura de um inquérito para investigar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação.
A decisão foi motivada por declarações da parlamentar durante entrevista, nas quais afirmou que, após deixar o Brasil, pretende permanecer nos Estados Unidos e solicitar asilo político ao ex-presidente Donald Trump. Para Moraes, a deputada estaria adotando um “modus operandi” semelhante ao do também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), investigado por supostamente incitar autoridades norte-americanas contra integrantes do Judiciário brasileiro.
Na mesma decisão, o ministro determinou que Zambelli preste depoimento à Polícia Federal em até dez dias, com possibilidade de resposta por escrito. Moraes também solicitou ao Banco Central a relação de doadores que transferiram valores via PIX para a parlamentar em uma campanha de arrecadação online realizada após sua condenação pelo STF.
Mais cedo, o ministro também determinou a prisão da deputada, a inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol e a suspensão de suas redes sociais. A medida foi tomada após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que Zambelli deixou o país com o objetivo de escapar do cumprimento da condenação.
Em entrevista concedida na terça-feira (3) a uma rádio do interior de São Paulo, Zambelli declarou que viajou para os Estados Unidos para realizar um tratamento de saúde e que pretende pedir licença do mandato. A deputada afirmou ainda que pretende ir para a Itália, país do qual possui cidadania.
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
*Com informações da Agência Brasil
