Caminhoneiros discutem nova paralisação após operação contra Bolsonaro.

Deputado Zé Trovão articula reunião com lideranças em Brasília, mas entidades de caminhoneiros autônomos se posicionam contra greve no momento.

Caminhoneiros de diferentes regiões do país cogitam uma nova paralisação nacional após a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada na última sexta-feira (18). Lideranças do setor afirmam que a ação foi a “gota d’água” em meio às insatisfações acumuladas da categoria.

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC), um dos principais nomes ligados aos caminhoneiros, declarou em suas redes sociais que tem sido pressionado para articular uma mobilização. Segundo ele, uma reunião será realizada nesta segunda-feira (21) em Brasília com representantes da categoria, parlamentares de direita e integrantes do agronegócio.

“Irei me reunir com os pontas de lança. Se todos entenderem que é o momento de uma paralisação, eu estarei na pista junto com eles”, afirmou o parlamentar.

No entanto, há divergências internas. O presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS) descartou qualquer greve no momento. “Não vamos parar nada, a não ser que não se cumpra com o que o governo prometeu em outubro de 2024”, afirmou.

Já o presidente da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC) disse que, caso a paralisação seja deflagrada, a adesão poderá ser significativa. “Se o povo decidir que esse é o caminho, estaremos com o povo ou seremos parados por uma guerra ideológica”, declarou.

A categoria tem histórico de mobilizações com grande impacto nacional. Em 2018, uma greve de caminhoneiros durou dez dias e causou desabastecimento em diversos setores, afetando diretamente a economia e a rotina da população.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *