Homem é condenado a quase 30 anos de prisão por feminicídio de Martinha, em Valença.

Carlos Mendes Júnior foi sentenciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver; crime chocou a região em 2024 após o corpo da vítima ser encontrado em uma mala na Ponte do Funil.

O taxista Carlos Mendes Júnior foi condenado, na noite desta terça-feira (7), a 29 anos, 8 meses e 8 dias de prisão em regime fechado pelo assassinato de Helmarta Sousa Santos Luz, conhecida como Martinha.

A sentença foi proferida pelo juiz César Figueredo, após a manifestação da promotora Rita de Cássia Pires Bezerra Cavalcanti, que pediu a condenação por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, pedido acatado por um júri popular composto por sete pessoas.

O julgamento ocorreu na sala do júri do Fórum Gonçalo Porto de Souza, em Valença, com início às 9h. Durante a sessão, foram ouvidas diversas testemunhas, entre elas o delegado responsável pelo caso à época, Dr. Rodrigo, um perito do Departamento de Polícia Técnica (DPT), familiares e vizinhos da vítima.

Carlos e Helmarta mantiveram um relacionamento de mais de 16 anos e estavam separados havia cerca de sete meses. Eles tinham uma filha de 16 anos. Segundo o depoimento do réu, o crime ocorreu após uma discussão sobre pensão alimentícia, na garagem da casa onde moravam. Ele relatou que perdeu o controle após ser ofendido e agredido, estrangulando a ex-companheira em seguida.

Após o crime, o acusado colocou o corpo da vítima em uma mala, amarrou uma corda no pescoço e lançou o objeto ao mar, na Ponte do Funil, em Itaparica, utilizando anilhas de ferro para evitar que boiasse.

A perícia confirmou que Helmarta foi morta por estrangulamento, possivelmente com o uso de uma corda. O corpo foi encontrado no Rio Jacuripe, três dias após o desaparecimento, em 27 de setembro de 2024, a cerca de 25 metros de profundidade. A recuperação foi feita por equipes do Corpo de Bombeiros, com apoio de pescadores, mergulhadores autônomos, Marinha e Grupamento Aéreo da PM (Graer).

Carlos Mendes foi preso logo após o crime e confessou o assassinato durante os interrogatórios. O Ministério Público solicitou a conversão da prisão temporária em preventiva, que foi deferida pela Justiça. Desde então, ele permanece custodiado no Conjunto Penal de Valença, onde seguirá para cumprir a pena.

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